Para se
fazer uma viagem de bicicleta, o único equipamento realmente necessário, é
própria bicicleta. Mas alguns aparelhos modernos acabam ajudando um pouco. É o
caso por exemplo do ciclocomputador ou computador de bordo.
Na
verdade, este é um nome um pouco exagerado. A principal função dele é
simplesmente registrar as distâncias percorridas pela bicicleta, assim como os
odômetros dos carros. Isto é muito importante em viagens de cicloturismo.
Imagine,
por exemplo, que você está percorrendo um trecho de 100km entre dois pontos,
numa região desconhecida, e sem o ciclocomputador. Lá pelo final do dia, como
saber quanto ainda falta? Como saber se vale à pena apressar o ritmo, ou se é
melhor procurar um lugar para se abrigar e passar a noite?
Conhecendo
a distância percorrida, calcula-se quanto ainda falta. Além disso, ele ainda
possui outras funções interessantes como a média horária por exemplo.
Conhecendo a sua velocidade média, fica mais fácil calcular aproximadamente o
tempo que será gasto para o próximo trecho.
Depois
podem existir inúmeros outros recursos, não tão necessários no cicloturismo,
mas que podem ter sua serventia (muita gente usa em treinamento), como por
exemplo, médias parciais, velocidade máxima, altímetro, termômetro, freqüência
cardíaca, etc.
Mas
para que o ciclocomputador funcione corretamente, é necessário que ele seja
calibrado de acordo com a sua bicicleta. O princípio de funcionamento dele é
muito simples. Um pequeno imã preso aos raios da roda dianteira passa próximo a
um sensor no garfo. Assim o dispositivo funciona como um conta-giros.
Multiplicando o número de giros pelo perímetro do pneu ele fornece a distância
total percorrida.
Existem
alguns métodos para se descobrir o perímetro do pneu. O mais simples consiste
em passar uma trena em volta do pneu e verificar quantos centímetros são.
Porém, nem sempre este método dá muita precisão. Uma outra maneira é fazer uma
marca com giz na lateral do pneu e andar com a bicicleta até que o pneu dê
exatamente dez voltas. Mede-se a distância percorrida, divide-se por dez e
tem-se uma medida mais aproximada da real.
Se
quiser ser rigoroso mesmo, coloque o seu peso mais o da bagagem na bicicleta ao
fazer a medida, pois isso pode alterar ligeiramente o raio do pneu. A pressão
de ar no pneu também pode interferir, por isso deixe-os com a calibragem que
costuma usar ao pedalar. Mas tanta precisão não é tão importante no
cicloturismo pois geralmente as informações de percurso que temos, como por
exemplo, guias de estrada, placas e etc., são pouco fiéis às distâncias reais.
E
cuidado! Geralmente nos manuais que acompanham os ciclocomputadores há um
alerta: nas primeiras vezes que sair para pedalar com o seu novo aparelho, tome
cuidado para não passsar tempo demais olhando para ele. Este é um aviso de
segurança, é claro, para que você não se distraia e acabe se envolvendo num
acidente.
Mas
aqui vai um outro conselho: mesmo depois de acostumado com ele tome cuidado
para que ele não tome conta do seu passeio ou viagem. Não fique preso às
distâncias e velocidades. Lembre-se que o ciclocomputador é apenas uma
ferramenta para você aproveitar melhor a sua pedalada. Não deixe de olhar a
paisagem para ficar hipnotizado pelos números do computadorzinho.
Dicas:
- Ao
contrário do que se poderia imagianar, nem sempre os moradores locais sabem
informar corretamente as distâncias em quilômetros. Mais um motivo para
conseguir estas informações com antecedência e aompanhá-las no ciclocomputador
durante a pedalada.
- Ao
final de cada dia da viagem faça uma anotação num caderninho dos dados
importantes registrados no ciclocomputador. Não é bom confiar cegamente em
aparelhos eltrônicos.
-
Sempre que deixar a bicicleta para fazer alguma coisa lembre-se de levar
consigo o ciclocomputador, pois ele é uma peça muito fácil de ser roubada.
- Caso
o seu ciclocomputador não seja à prova d`água (ou mesmo que ele seja) você pode
cubri-lo com uma camada de filme plástico destes utilizados na cozinha.
Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/fique-por-dentro/colunistas/cicloturismo/eliana-britto-garcia-e-rodrigo-telles/ciclocomputadores-1131.asp